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Cidades Quarta-feira, 23 de Agosto de 2023, 07:23 - A | A

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REAJUSTE SALARIAL

Entrave entre enfermeiros e hospitais pode reduzir atendimento, diz sindicato

Empresas propõem que o pagamento do piso possa ser feito de forma escalonada, em uma recomposição em até cinco anos

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

Aprovada em 2022 sem identificar sua fonte de custeio, a Lei 14.434/2022 que criou o piso salarial dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem continua sendo um grande problema para o setor privado. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat), Altino José de Souza alega que se não houver acordo entre a categoria e as empresas privadas, será necessário diminuir leitos de atendimento e até corte no quadro de funcionários para ajustar os custos de cada estabelecimento.  

“Levantamento preliminar aponta que a folha de pagamento, que já é o maior custo das empresas, sofrerá aumento de aproximadamente 33% com o pagamento do piso salarial. Para conseguir enquadrar esse aumento será necessário tomar medidas impopulares, como cortar benefícios, diminuir leitos e até mesmo diminuir o quadro de funcionários”, pondera.  

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O Sindessmat defende que o pagamento do piso possa ser feito de forma escalonada, em uma recomposição em até cinco anos, para que as empresas consigam se organizar financeiramente, sem correr riscos de fecharem as portas.   

“Estabelecimentos menores não possuem condições financeiras para honrar com esse compromisso de imediato. Afirmamos que somos a favor da valorização desses profissionais, principalmente por tudo que fizeram durante a pandemia, entretanto, diferente do setor público, não recebemos recursos públicos para o pagar o reajuste, e a nossa realidade é totalmente diferente”, afirmou.  

Impacto do piso   

De acordo com pesquisa realizada pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que contou com a participação de mais 2.300 estabelecimentos de saúde de todo o país, aproximadamente 20 mil leitos poderão ser fechados e cerca de 80 mil postos de trabalhos poderão ser fechados. 

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