Com base na pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Fecomércio-MT aponta que em Mato Grosso a perda do comércio também deverá ser menor em 2022, já que menos feriados ocorrerão em dias úteis. A pesquisa foi apresentada pela entidade nacional nesta segunda-feira (27).
“O comércio mato-grossense deverá seguir a mesma tendência, acompanhando o estudo da CNC. Neste ano, a maior parte dos feriados nacionais foram em dias úteis para o comércio, impactando a rentabilidade de todo setor”, destaca o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior.
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Em 2021, o comércio varejista sofreu um prejuízo de R$ 22,11 bilhões, enquanto em 2022 a previsão é que as perdas sejam 22% menores, ou seja, R$ 17,25 bilhões.
O calendário nacional conta com nove feriados: Dia da Confraternização Universal (1º de janeiro), Paixão de Cristo (Sexta-feira Santa), Tiradentes (21 de abril), Dia do Trabalhador (1º de maio), Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), Dia de Finados (2 de novembro), Proclamação da República (15 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Já o Carnaval e o Corpus Christi são considerados dias de ponto facultativo.
De acordo com a CNC, cada feriado em dia útil gera um prejuízo R$ 2,46 bilhões ao varejo, reduzindo a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%. Com isso, o impacto gerado é de cerca de R$ 10,12 bilhões na geração do Produto Interno Bruto (o equivalente a 0,12% do PIB anualizado). Dessa forma, os feriados de 2022 deverão impactar o excedente operacional do comércio em 9%.
A pesquisa revela, ainda, que os ramos de atividade em que a relação entre folha de pagamento e faturamento se mostra mais elevada tendem a sofrer os maiores impactos. A estimativa é que, juntos, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 3,33 bilhões); de vestuário e calçados (R$ 2,83 bilhões) e o comércio automotivo (R$ 2,63 bilhões), que concentram 55% das folhas de pagamento do comércio varejista brasileiro, respondam por mais da metade das perdas (51%).