Com medo de serem despejadas, cerca de 100 famílias que vivem na Gleba Carlos Pelissioli, zona rural de Santa Terezinha, pedem que o governo conceda a área em que vivem para que seja regularizada a ocupação. Os moradores estão na região há 15 anos e desenvolveram uma economia local baseada na agricultura familiar.
Na manhã desta terça-feira, 25 de julho, o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) de Mato Grosso apresentou ao governador Mauro Mendes (União) uma recomendação para a realização de uma ação discriminatória ou de arrecadação da área para que seja destinada a políticas públicas de Reforma Agrária em favor da comunidade. De acordo com a entidade, o espaço ocupado em 2008 pertence ao Estado.
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Em nota, o conselho explica que a Defensoria Pública do Estado encaminhou um ofício no ano passado, no qual aponta que, apesar de tirar o sustento do que plantam e produzem, os moradores da gleba estão em “singular estado de vulnerabilidade”.
Para tentar convencer o governador a ceder o espaço, o conselho usa um relatório feito pela Pastoral da Terra, que mostra que os moradores da gleba têm suas residências consolidadas, com casas de alvenaria e madeira, e que tiram seus sustentos com atividades voltadas à agricultura familiar, como produção de mandioca, farinha, rapadura, criação de bovinos, ovelhas, porcos e frangos para subsistência e comercialização.
Além disso, o documento mostra que os moradores produzem cerca de 16 mil litros de leite, atendendo ao consumo da comunidade e da cidade de Santa Terezinha.
“Na Gleba há ainda uma vila com comércios e igrejas, e o município de Santa Terezinha tem prestado assistência à comunidade no âmbito de políticas públicas de saúde, educação e infraestrutura, como a conservação das estradas. As famílias possuem energia elétrica instalada e internet”, alegaram.
*Com informações da assessoria