Após sete anos paralisadas, as obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller serão retomadas ainda este ano após a assinatura da ordem de serviço nesta terça-feira (1°). O Consórcio Jota Ele–MBM será o responsável pela execução do projeto. O prazo de conclusão é de 36 meses, no entanto, o governador Mauro Mendes (DEM) lançou desafio para o consórcio que a sede esteja pronta em até 20 meses.
Serão investidos mais de R$ 207 milhões, sendo que metade será arcada pelo Governo Federal e o restante pelo Estado. “Temos o dinheiro R$ 100 milhões depositados na conta e o dinheiro para contrapartida do Governo do Estado de Mato Grosso também 100% garantido”, disse o governador durante coletiva nesta terça.
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Após a finalização da obra, o hospital será transferido para gestão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A construção do novo hospital universitário começou em 2012, um ano depois foram paralisadas e o contrato com antigo consórcio foi rescindido pelo não cumprimento do cronograma, desde então, foi ensaiada várias retomadas.
“R$ 207 milhões de investimento, metade disso está na conta. Está parado na conta desde 2013, então se não foi reiniciada não é porque não tinha dinheiro, era porque não tinha vontade ou até mesmo capacidade de tomar as providências”, disparou.
O reitor da UFMT, Evandro Soares, disse que o novo hospital universitário vai servir além do atendimento à população, mas também como centro de ensino, pesquisa e extensão.
“Muitas vezes as pessoas querem comparar números de um hospital com hospital universitário, sem considerar que no hospital universitário a função precípua, é o ensino, é o treinamento, é a capacitação dos profissionais”, comentou.
Ele ainda disse que a intenção é tornar o novo hospital universitário em uma cidade da saúde com atendimentos em outras especialidades da área como enfermagem, nutrição, fisioterapia, odontologia e terapia ocupacional.
Distância - Um dos pontos de crítica da nova unidade é a distância da área central da Capital. O novo Hospital Universitário Júlio Müller está sendo construído em um terreno que fica no KM 16 da MT-040, entre Cuiabá e Santo Antônio de Leverger.
O reitor da UFMT explicou que a área foi doada para a universidade. Ele concordou que o local é muito distante, mas lembrou que quando a UFMT foi construída na avenida Fernando Corrêa havia reclamações de que o local era longe do centro.
“O hospital não terá um atendimento na mesma magnitude do que um Pronto Socorro do que um hospital convencional”, reiterou.
Já o governador respondeu que a decisão sobre o local foi decidida anos atrás e que não tinha como mudar. Ele ainda comentou que se não terminasse a construção, o Estado teria que devolver dinheiro para o Governo Federal.
“Se não terminássemos essa obra teríamos que devolver ao Governo Federal aproximadamente R$ 40 milhões. Teríamos que tirar do bolso do Estado e devolver, perderíamos R$ 100 milhões que estão na conta, então seria um prejuízo direto de R$ 140 milhões”, disse.
Novo Júlio Müller - O hospital contará com 228 leitos de internação, 68 leitos de repouso e 63 leitos de UTIs, sendo 25 para adultos, 18 pediátrico e 20 para recém-nascidos (neonatal). Além disso, a unidade contará com 12 centros cirúrgicos, 85 consultórios, 45 salas de exame, 21 salas para banco de sangue e triagem e outras 53 salas administrativas.