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Brasil Domingo, 07 de Janeiro de 2024, 16:50 - A | A

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LENDA DO FUTEBOL

Zagallo é enterrado no Rio após velório na sede da CBF

Raoni Alves, Suelen Bastos, g1

O corpo de Mário Jorge Lobo Zagallo foi enterrado neste domingo (7), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro. O ex-jogador e ex-técnico morreu na noite de sexta-feira (5), aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde o fim de dezembro em um hospital no Rio.

O velório, que ocorreu na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, começou às 9h30 deste domingo e ficou aberto ao público até as 14h.

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Depois, Zagallo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros até o cemitério, onde foi recebido com aplausos. 

 

Velório

O corpo do Velho Lobo foi velado ao lado das cinco taças de Copas do Mundo que o Brasil venceu (Zagallo teve participação em quatro delas) e da estátua de cera que o museu da CBF fez em sua homenagem em 2022. Esta foi a primeira vez que a estátua de Zagallo ficou exposta ao público.

Entre os atletas e autoridades que passaram pelo velório para prestar homenagens, estão Tite, ex-treinador da seleção brasileira e atual técnico do Flamengo, o ex-jogador Grafite e os campeões mundiais Cafu, Zinho, Bebeto, Jorginho e Mauro Silva. Marcos Braz, dirigente do Flamengo, e Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, também comparecem ao velório.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o técnico do tetra, Carlos Alberto Parreira, enviaram coroas de flores para prestar condolências à família.

Cafu, capitão da seleção brasileira pentacampeã do mundo em 2002, contou como era o Velho Lobo nos bastidores.

"O Zagallo cobrava quando tinha que cobrar, era paizão quando tinha que ser paizão, era amigo quando tinha que ser amigo e era treinador quando tinha que ser treinador. Era um treinador que era respeitado, e isso que era o mais importante", afirmou o lateral.
"Quando você tem respeito do grupo, a tendência é fazer o que fizemos, conquistar títulos e fazer com que o Zagallo seja reconhecido e conhecido da maneira que tem que ser, como um herói brasileiro."

Emocionado, o atacante Bebeto (veja foto acima), um dos destaques do tetra em 1994, declarou: "Toda a minha história como jogador de futebol e como homem, eu tive ele como referência. Ele foi o meu segundo pai. Ele transcende o futebol. Temos um amor muito grande pela família dele".

O goleiro Gilmar Rinaldi, um dos reservas de 1994, relembrou o amor do Velho Lobo pela seleção (veja vídeo abaixo). “Ninguém amou mais essa camisa do que ele. A gente tem que pensar isso pra sempre e, quem sabe, esteja na hora de repensar e voltar a esse estilo. Essa camisa tem um peso, e ele deu como ninguém”.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, comentou sobre a importância de Zagallo para a Seleção. "Que os atletas possam resgatar o trabalho que Zagallo desenvolveu e se inspirem nele. Saber que a camisa da seleção tem que ser honrada, abençoada e ser defendida".

Para Juan Silveira dos Santos, da comissão técnica do Flamengo, Zagallo era sinônimo de seleção brasileira.

"O futebol brasileiro perde uma lenda. Em termos de seleção brasileira, ele é a história da seleção. Ele viveu intensamente a seleção. A imagem dele é ligada a imagem vitoriosa da seleção".

Durante o velório, Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, passou mal e desmaiou. Ele foi levado para a ambulância no local e, segundo os socorristas, está bem.

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