O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o avião para buscar as duas milhões de doses da vacina contra a Covid-19 do laboratório Serum decola nesta quarta-feira (13) para a Índia. O imunizante é desenvolvido pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
No dia 2 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um pedido feito pela Fiocruz para importação das duas milhões de doses da vacina.
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Segundo Pazuello, as doses devem chegar no Brasil no dia 16 de janeiro. "É o tempo de viajar, apanhar e trazer, já está com documento de importação pronto [...]. Então quando nós tivermos a posição da Anvisa, temos material para distribuir e temos capacidade para vacinar no país todo", disse.
A aérea Azul, que vai fazer o transporte das doses, informou após a declaração do ministro que o voo está programado para partir de Recife (PE) na quinta-feira (14), às 23h, com destino a Mumbai. A carga é estimada em 15 toneladas. Serão 15 horas de voo, com desembarque previsto no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, por volta das 15h.
A Fiocruz entregou na sexta-feira (8) o pedido de uso emergencial da vacina à Anvisa. Na terça (12), a agência disse que a reunião para definir a autorização emergencial das vacinas está prevista para domingo (17).
De acordo com o ministro, ainda em janeiro, a partir de liberação da Anvisa, o governo terá 8 milhões de doses de dois tipos de vacina contra a Covid-19 para vacinar a população. Serão 6 milhões de doses da CoronaVac, imunizante produzido pelo Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e essas duas milhões de doses da vacina de Oxford importadas da Índia.
Pazuello afirmou ainda que vai levar de 3 a 4 dias para iniciar a distribuição do imunizante ao estados após a aprovação da agência.
"A Anvisa vai se pronunciar no dia 17. Se se a Avisa se alongar, para o dia 21 ou 22, botem os números pra frente, mas é janeiro [que começa a vacinação]", afirmou.
Visita a Manaus
O ministro está desde o começo desta semana em Manaus (AM) para acompanhar as ações de enfretamento à nova onda da Covid-19 no estado. A média móvel de mortes no estado nos últimos sete dias subiu 217% no Amazonas - maior alta do país, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Mais de 5,6 mil pessoas morreram vítima da doença no estado desde o início da pandemia.
Além disso, janeiro já é o mês com o maior número de novas internações por Covid-19 em unidades de saúde de Manaus. O número de novos pacientes internados na capital em apenas 12 dias já superou o total do mês de abril de 2020, que tinha o maior registro desde o início da pandemia.
O risco de colapso no sistema de saúde e funerário obrigou a prefeitura preparar novas áreas para enterrar as vítimas da doença em um dos cemitérios da capital e gavetas foram construídas para novos sepultamentos.