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Brasil Quinta-feira, 29 de Fevereiro de 2024, 08:04 - A | A

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8 DE JANEIRO

Empresários são presos por financiar acampamento bolsonarista em Brasília

g1

Dois empresários do Distrito Federal foram presos nesta quinta-feira (29), na 25ª fase da operação Lesa Pátria, que investiga os ataques às sedes dos três poderes da República no dia 8 de janeiro de 2023. Os investigadores cumprem 34 mandados judiciais: 24 de busca e apreensão, três de prisão e sete de monitoramento eletrônico.

Os alvos são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita. Ambos são sócios da rede Melhor Atacadista e suspeitos de financiar o acampamento bolsonarista em Brasília. Em nota, a defesa dos empresários informou que "não obteve acesso à decisão".

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"A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto", disse o texto.

Tanto a CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), quanto a CPMI dos Atos Golpistas, do Congresso Nacional, pediram o indiciamento dos empresários.

Joveci Xavier de Andrade

Joveci já foi apontado como um dos financiadores o acampamento bolsonarista que ficava em frente ao Quartel-General do Exército Brasileiro, além de fornecer transporte para radicais que cometeram os ataques.

Ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, Joveci negou ter participado dos ataques – mas, ao mesmo tempo, admitiu ter estado no local no momento dos atos de vandalismo.

Adauto Lúcio de Mesquita

Adauto é suspeito de transferir dinheiro para contas bancárias de golpistas, além de pagar o transporte até a Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Em relatório da Polícia Civil enviado à CLDF consta que, além de financiar os atos criminosos, Adauto também teria participado ativamente das manifestações golpistas. Em um vídeo divulgado em rede social, conforme investigações, Adauto apresenta um trio elétrico que teria sido alugado para alguma das manifestações e afirma que seria "o maior de Brasília".

Lesa Pátria

O nome dos outros alvos da Polícia Federal não foram divulgados. Segundo a PF, há um mandado de prisão preventiva a ser cumprido em São Paulo e dois no Distrito Federal.

Os sete alvos que devem ser monitorados por tornozeleira eletrônica são do Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (1) e Minas Gerais (1).

Além disso, os 24 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Tocantins (8), São Paulo (6), Mato Grosso do Sul (2), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1) e no Distrito Federal (2).

Ainda de acordo com a PF, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também pede o bloqueio de bens dos investigados – para que, se houver decisão judicial, seja possível ressarcir o patrimônio público pelos danos dos atos golpistas.

O que dizem as defesas

"A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade não obteve acesso à decisão emitida pelo Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal.

A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto.

O nome dos outros alvos da Polícia Federal não foram divulgados. Segundo a PF, há um mandado de prisão preventiva a ser cumprido em São Paulo e dois no Distrito Federal.

Os sete alvos que devem ser monitorados por tornozeleira eletrônica são do Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (1) e Minas Gerais (1).

Além disso, os 24 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Tocantins (8), São Paulo (6), Mato Grosso do Sul (2), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1) e no Distrito Federal (2).

Ainda de acordo com a PF, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também pede o bloqueio de bens dos investigados – para que, se houver decisão judicial, seja possível ressarcir o patrimônio público pelos danos dos atos golpistas.

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