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Brasil Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2024, 08:48 - A | A

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TOC, TOC, TOC

Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF no caso Abin

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira, 29 de janeiro, mandados de busca e apreensão em mais uma fase da operação contra a "Abin paralela" do governo Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente, e seus assessores estão entre os alvos da ação.

Os mandados foram cumpridos na residência de Carlos Bolsonaro e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A investigação, um desdobramento de ações anteriores da PF, tem como base um esquema ilegal de espionagem durante o governo de Jair Bolsonaro.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou as buscas, que visam aprofundar as investigações sobre a chamada "Abin paralela". Segundo apurações do Metrópoles, Carlos Bolsonaro teria sido receptor de informações desse esquema.

A "Abin paralela" é acusada de utilizar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários, incluindo políticos e ministros do STF. O software FirstMile teria sido empregado para realizar as operações de espionagem.

Em nota, a PF informou que oito mandados foram cumpridos em diferentes localidades, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Formosa (GO) e Salvador. A nova fase da operação busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin.

Na última quinta-feira (25), a operação já havia cumprido 21 mandados de busca e apreensão, tendo o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, como um dos alvos.

As investigações indicam que policiais federais na cúpula da Abin de Bolsonaro utilizavam serviços ilícitos para interferir em diligências da Polícia Federal, buscando beneficiar os filhos do então presidente. A Abin teria sido até mesmo usada para preparar relatórios de defesa para o senador Flávio Bolsonaro em uma investigação sobre "rachadinhas".

Essa fase da operação é um desdobramento da ação de outubro do ano passado, quando dois agentes da Abin foram presos por suspeita de chantagearem Ramagem. 

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