“Sabemos que o resgate é quase impossível, mas enquanto família queríamos o corpo”. A declaração é de Patrícia Delvaux, irmã do montanhista Marcelo Motta, que morreu ao cair em uma greta, espécie de rachadura na neve, enquanto escalava o Nevado Coropuna, a quarta montanha mais alta do Peru, com aproximadamente 6.300 de altitude.
“Precisaria reunir uma equipe de pelo menos 15 pessoas experientes em montanhismo. O trajeto demoraria dias. Além disso, seria necessário organizar a retirada do corpo, que está congelado", disse.
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Depois do choque da notícia, a família corre atrás das burocracias com a embaixada do Peru para conseguir o atestado de óbito do homem. Ao g1, Patrícia Delvaux explicou que foi orientada a contratar um advogado.
“Precisamos de provas que confirmem que Marcelo morreu naquele local para conseguir a documentação”, complementou. Os vídeos que serão usados por elas foram enviados à reportagem. As imagens mostram um 'buraco sem fim'. Veja acima.
No último domingo (7), a família realizou uma missa de sétimo dia para o montanhista em uma igreja de Juiz de Fora. A irmã ainda contou que deseja fazer uma homenagem, mas que ainda não sabe a data.
As buscas por Marcelo começaram no dia 4 de julho e foram encerradas no domingo (7) após confirmação de que ele caiu em uma greta. O trabalho foi realizado pela Polícia de Arequipa, cidade onde fica o monte, e por uma equipe de guias profissionais contratada por familiares do profissional.
O g1 entrou em contato com o Itamarati para atualizações sobre o caso e aguarda retorno.
Montanhista profissional há 25 anos
Marcelo Motta era montanhista há cerca de 25 anos e guia profissional. Considerado um dos mais experientes, escalou mais de 150 montanhas nos Andes e Himalia.
Natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, passava boa parte dos meses do ano escalando e guiando montanhas nos Andes.
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