O governador Mauro Mendes e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Eduardo Botelho, ambos do União do Brasil, obedeceram a portaria da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp) e entraram na penitenciária feminina Ana Maria do Couto sem os seus celulares. O registro foi feito em vídeo, assista abaixo.
O vídeo surgiu em meio à polêmica da proibição dos telefones dentro dos presídios do Estado. A portaria, proferida no começo do mês, proíbe além de telefones, a entrada de qualquer aparelho eletrônico. O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Mato Grosso (Sindsppen-MT) vem se demonstrado um ferrenho opositor da portaria, chegando a ir na Justiça para tentar revertê-la.
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Leia mais aqui: Justiça nega pedido de sindicato para liberar uso de celulares nos presídios de MT.
Veja o vídeo:
OUTRO LADO
Em nota, o Sindsppen afirmou que não é contra a portaria que proíbe celulares nos presídios, mas defende a criação de 'áreas verdes' onde seja permitido aos servidores utilizarem os aparelhos para se comunicar com a família ou realizar tarefas do cotidiano.
Confira a nota na íntegra:
O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Mato Grosso (Sindsppen-MT) não é contra a portaria que proibiu a entrada de celulares e outros meios de comunicação eletrônico no interior das unidades prisionais, principalmente em locais onde existe o contato direto com a pessoa privada de liberdade, especialmente na carceragem central.
Nossa solicitação é para uma flexibilização da portaria, para que o uso do celular seja permitido em áreas denominadas “verdes” dentro das unidades, onde não há o contato com os detentos e nem compromete a segurança das unidades penais. Como por exemplo, no corpo da guarda, área administrativa, alojamento dos servidores e refeitório dos servidores.
Utilizamos o celular também como ferramenta de trabalho, para comunicação com o chefe de equipe, com a direção em caso de escolta fora da unidade, para repassar informações quando os rádios de comunicação param de funcionar, ou quando a informação é sigilosa.
Nossa preocupação também é com a comunicação com nossos familiares, seja por questões de saúde ou até emergências, pois nossa profissão é de risco e nossos familiares podem correr perigo, pois as facções criminosas podem representar risco ao bem-estar de nossos familiares. Para um plantonista, ficar 24h seguidas sem nenhum tipo de contato com seus familiares é angustiante.